A Prefeitura de Três Lagoas, por meio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) vinculado a Secretaria Municipal de Saúde, iniciou a segunda etapa da pesquisa a qual avalia efeito das coleiras impregnadas com Deltametrina que age no combate à Leishmaniose canina.
Técnicos do Centro de Controle de Zoonoses desde a semana passada executam a segunda etapa deste projeto no Bairro Guanabara, um dos que recebem o estudo.
O projeto do Ministério da Saúde, em fase experimental, selecionou Três Lagoas entre os 15 municípios do Brasil escolhidos para executar as ações que levam o nome de Pesquisa de Avaliação de Efetividade do Uso de Coleiras com Deltametrina.
TESTES
Durante dois anos, a cada seis meses, são realizados os testes que comprovam o resultado positivo ou negativo da coleira.
“Após apresentação dos resultados, caso seja comprovada a eficácia, o Ministério da Saúde pretende distribuir as coleiras para todos os cães do Brasil, levando em conta os municípios onde a taxa de leishmaniose é alta”, explica a diretora de Vigilância e Saneamento, Neide Hiroko Yuki da Silva.
ETAPAS
A etapa inicial foi em junho de 2014. O procedimento consiste na realização de coleta de sangue para exames laboratoriais, com objetivo de diagnosticar se o cão é ou não portador da Leishmaniose.
No ato da coleta, realizada nas residências dos Bairros estudados, os cães já recebem a coleira e são imunizados com a vacina antirrábica. A análise de efetividade da coleira vale, porém, para os animais que apresentarem resultado negativo da Leishmaniose que vai detectar se a mesma protege o animal da doença junto de outros cuidados que os donos devem ter.
Segundo dados da Vigilância e Saneamento do Município, na primeira etapa foram adquiridas pelo município 850 coleiras, destas, 814 foram distribuídas entre os bairros com maior incidência Guanabara, Vila Popular, Vila Maria, Jardim Planalto, Vila Carioca, Osmar Dutra e parte do Bairro São Carlos, que recebem o estudo. As coleiras que sobraram continuam sendo distribuídas nestes locais com o início da segunda etapa.
Já nesta segunda fase o Ministério da Saúde é quem fornece as coleiras para realização dos estudos bem como permanecerá fornecendo até o final do projeto. O Município recebeu 2 mil coleiras do Ministério da Saúde para continuar com o procedimento, “eles fornecem a quantia necessária já prevendo a troca de coleiras e surgimento de novos cães ”, diz Neide.
PROJETO
O Município executa tal ação com auxílio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), uma vez que o Ministério da Saúde firmou convênio com um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), em parceria com esta fundação (Fiocruz), para se chegar à solução prática de combate e controle da Leishmaniose no Brasil.
“Nós encaminhamos relatório à Fiocruz para que o Ministério da Saúde possa acompanhar o processo e fornecer a quantidade de coleiras necessárias para a execução das ações”, ressalta Neide Yuki.
Daiana Oliveira/Assessoria de Comunicação