
‘O evento será realizado no Anfiteatro da Unidade I da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) às 20h, com entrada franca.
O Trio Opus 12 é composto pelos violonistas Paulo Porto Alegre, Edelton Gloeden e Daniel Murray. A programação do concerto inclui A Lenda do Cabloco, de Villa Lobos, Nenê, Pierro e Sarambeque, de Ernesto Nazareth, Debussiana e Lamentos do Morro, de Garoto, Suíte Retratos: Ernesto Nazareth, Pixinguinha, A. de Medeiros e Chiquinha Gonzaga, de Radamés Gnattali, e Trio: Alegro Rítmico, Varandeio e Tocata, de Paulo Porto Alegre.
Márcia Moura, Secretária Municipal de Educação e Cultura, explica que o projeto é mais uma iniciativa da Funarte e sob o patrocínio da Petrobrás, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura e está de acordo com as propostas do município. Nosso objetivo é diversificar as apresentações musicais em eventos locais e fornecer o conhecimento da arte à população. A Secretária disse ainda que a música é a maneira mais democrática de atingir a comunidade em todos os níveis.
A apresentação faz parte do Projeto de Circulação Funarte de Concerto e Música Clássica, com a temporada abrangendo três Estados da região Centro-Oeste: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, sendo Três Lagoas uma das cidades contempladas com um dos programas de concerto.
Sobre Radamés Gnattali
Radamés Gnattali, filho de uma pianista gaúcha e de um imigrante italiano radicado em Porto Alegre, aprendeu piano com a mãe e aos nove anos ganhou um prêmio por sua atuação como regente de uma orquestra infantil, que tocou arranjos feitos por ele. Aos 14 entrou para o Conservatório de Porto Alegre para estudar piano, e acabou dominando também a viola. Até se formar no conservatório, estudava para ser concertista e tocava em cinemas e bailes para se sustentar.
Em 1924, recém-formado, foi para o Rio de Janeiro se apresentar no Teatro Municipal, executando um concerto de Tchaikovski sob regência de Francisco Braga. Nessa viagem conheceu o compositor Ernesto Nazareth, e passou os dois anos seguintes entre Porto Alegre e Rio, sempre trabalhando com música erudita. Em sua cidade natal montou um quarteto de cordas e com ele viajou por todo o estado. No início dos anos 30 estreou no Rio de Janeiro como compositor, com a apresentação de ”Rapsódia Brasileira”, interpretada pela pianista Dora Bevilacqua.
Em 1934 passou a ser o orquestrador da gravadora Victor e dois anos depois participou da inauguração da Rádio Nacional. Em 1943 criou a Orquestra Brasileira de Radamés Gnattali, que tocava os arranjos do maestro no programa Um Milhão de Melodias, dando um colorido brasileiro aos sucessos estrangeiros. Enquanto atuou no rádio não deixou de lado as carreiras de pianista, concertista e compositor. Compôs concertos e peças sinfônicas executadas ao redor do mundo. Em 1960 viajou à Europa com o Sexteto Radamés Gnattali, grupo derivado do Quarteto Continental, criado na Rádio Continental em 1949. O Sexteto era formado por Radamés, Aída Gnattali (piano), Chiquinho do Acordeom, Zé Menezes (guitarra), Pedro Vidal Ramos (baixo) e Luciano Perrone (percussão).
Nos anos 60 foi contratado pela TV Globo, onde trabalhou durante 11 anos como arranjador, compositor e regente. Foi peça fundamental no movimento de redescoberta do choro ocorrido na década de 70. Em 1983, recebeu o prêmio Shell na categoria música erudita, concedido por unanimidade, ocasião em que foi homenageado com um concerto no Teatro Municipal, que contou com a participação da Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro, do Duo Assad e da Camerata Carioca. ‘
Assessoria de Comunicação