Desde agosto de 2007, a Secretaria de Saúde, por meio do CCZ Centro de Controle de Zoonoses vem realizando o inquérito canino e o encoleiramento dos cachorros, visando combater a Leishmaniose.
As 10 mil coleiras foram doadas pela International Paper e VCP Votorantin Celulose e Papel, como parte do PBA Projeto Básico Ambiental, sendo o investimento de R$ 190 mil.
De acordo com o secretário de Saúde, Jorge Martinho, o resultado desta ação poderá ser avaliado em 2009. No ano que vem o reflexo disto vai aparecer.
Os números da leishmaniose apontam que as ações estão controlando a doença. Hoje no município, com as medidas que estão sendo tomadas, temos reduzido os casos da doença, enfocou Martinho.
Para o secretário de Saúde, os dados sinalizam que as medidas como o arrastão, borrifação e o encoleiramento levam a acreditar que a redução dos casos tende a cair ainda mais. Estamos quebrando o ciclo da doença e a tendência é que redução continue.
Segundo o veterinário responsável pelo o CCZ Centro de Controle de Zoonoses, Antônio Luiz Teixeira Empke, cerca de 30% dos cachorros de Três Lagoas já receberam a coleira.
No total, 2.121 cães tiveram material coletado para o exame e 1.534 receberam as coleiras.
O trabalho de encoleiramento teve início na região considerada área intensa. 100% dos cachorros desta área foram vacinados, tiveram o material para exame coletado e receberam a coleira, informou Empke.
Os bairros onde o inquérito canino foi realizado são: Esplanada NOB, Bairro Santa Rita, Nossa Senhora Aparecida, Vila Zucão, São João, Jardim Carioca, Jardim Rodrigues, Centro, Distrito de Arapuá, JK e Lapa. Além dos bairros, alguns animais foram levados ao CCZ pelos donos.
A previsão é que o encoleiramento seja concluído até o mês de julho.
Inquéritos
Para receber a coleira de combate à leishmaniose, o cachorro passa pelo inquérito canino, onde é coletado o sangue para exame. Caso a sorologia tenho dado negativo para a doença, o animal recebe a coleira.
Segundo o secretário de Saúde, o animal só recebe a coleira após a conclusão do exame. O encoleiramento demora em razão do inquérito para que não recebam coleiras animais com a sorologia positiva.
Martinho enfocou que o trabalho de recolher os animais tem sido realizado por um único carro. Vamos receber a doação de uma outra carrocinha para agilizar o serviço, informou.
O secretário enfocou que o controle e a realização do inquérito deve ser feito cuidadosamente. Existem passos para serem seguidos.
O trabalho de encoleiramento teve início nas áreas de maior risco de proliferação da Leishmaniose. Além dos 70 agentes, estamos conversando com a prefeita Simone Tebet para a contratação temporária de 12 agentes, que serão responsáveis pelo inquérito e pelo encoleiramento, informou.
Casos
A diretora de Vigilância e Saneamento da Secretaria de Saúde, Elenir Terezinha Neves de Carvalho, lembrou que desde 2000, período em que surgiu a Leishmaniose no município, os índices de letalidade sempre foram altos. Podemos analisar a série histórica de Três Lagoas e ver que fechamos ano com saldo positivo, sem nenhum óbito.
Para Elenir, os dados apresentados são resultados de um conjunto de ações. A capacitação dos médicos também tem contribuído para um diagnóstico mais precoce, avaliou.
Elenir informou que no ano passado foram registrado 24 casos da doença, sendo 23 de leishmaniose visceral e 1 caso de leishmaniose tegumentar. O mais importante é que não temos registro de óbitos.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO