O atendimento à uma égua abandonada em estado crítico de saúde pelos profissionais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA), Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e da ONG Protetoras Três Lagoas, levantou o alerta para que a população tenha o hábito de denunciar qualquer tipo de maus tratos a animais.
O trabalho foi realizado na noite de segunda-feira (05), por volta das 18h30, após a denúncia feita por meio de uma Rede Social, sobre um equino abandonado em um terreno baldio localizado à Rua do Fotógrafo, no bairro Jardim das Violetas.
A equipe da SEMEA se dirigiu ao local, juntamente com o veterinário Hugo Nogueira Faria, do CCZ, onde o animal estava há algum tempo. Conforme a veterinária da SEMEA, Andréia Santana, a situação em que ela foi encontrada gerou comoção até mesmo por parte dos profissionais.
“A égua estava muito machucada, totalmente debilitada, sem presença de sangue nos lábios e sem forças para se alimentar. Visivelmente, ela foi maltratada e abandonada por muito tempo. Essa cena nos cortou o coração, por que nenhum animal merece sofrer daquela forma”, disse Andréia.
EUTANÁSIA HUMANIZADA
Os veterinários Andréia e Hugo ressaltam que não havia nenhuma hipótese de salvar o animal, devido à situação em que se encontrava. Juntamente com o coordenador geral de gestão de políticas públicas do agronegócio, Célio Lopes de Barros, e com a presidente da ONG, Charlene Santana Bortoleto, a equipe chegou ao consenso em proceder uma eutanásia humanizada para cessar o sofrimento do animal.
“Este procedimento é o ideal nesses casos em que o animal já sofreu muito e está à beira da morte. Não causa dor alguma, devido à sedação profunda que antecede a eutanásia”, explicou a veterinária.
INDIGNAÇÃO
O coordenador Célio acompanhou o caso e ficou perplexo com a crueldade. Ele pontua que muitos proprietários querem criar esses animais na cidade, mas não tem espaço em suas casas e deixam soltos nas ruas. Mesmo Três Lagoas ainda mantendo uma cultura rural, a criação de animais de grande porte em área urbana é proibida por lei.
“É comum atendermos casos de maus tratos, mas essa ocorrência foi chocante. Como uma pessoa tem coragem de maltratar e abandonar um animal que um dia lhe foi útil. Algumas pessoas nos contaram que a égua ficou solta nas ruas, crianças a arrearam em carroça e agrediam-na com pauladas. Esta situação deveria ter sido denunciada há tempos, e não somente via Rede Social”, comentou Célio.
SENSIBILIZAÇÃO E DENÚNCIA
Sensibilizados, Célio e Andréia pedem que a população se conscientize e sensibilize com a causa animal e denuncie em qualquer caso de violência ou abandono. “Nossa equipe pode tirar dúvidas e orientar os proprietários sobre questões de bem-estar e saúde do bicho. Mesmo que seja proibida a criação em área urbana, não queremos nos deparar com tamanha crueldade”, conclui Célio.
SERVIÇO
O telefone para denúncias e orientações é o (67) 3929-1248.
Diretoria de Comunicação