A Diretoria de Cultura, ligada a Secretaria de Educação e Cultura (SEMEC), realizará o Desfile em comemoração aos 102 anos de emancipação político-administrativa de Três Lagoas. O evento tradicional acontecerá na Avenida Antônio Trajano, como nos outros anos, tendo o ponto final na Praça Ramez Tebet. A novidade esse ano é o tema de resgate cultural.
A Ferrovia Noroeste do Brasil será homenageada por ser ponto inicial da cidade e pelo forte resgate cultural que trará tanto aos participantes quanto aos presentes para assistir ao desfile.
Além dos alunos da Rede Municipal de Ensino (REME), também participam servidores de diversas secretarias e militares da Polícia Militar, Exército, do Corpo de Bombeiros e outras entidades da cidade.
A Noroeste do Brasil em Três Lagoas
Desde o Brasil Colônia houve a necessidade de colonizar a margem oeste do Brasil para garantir que os espanhóis não as invadissem e para produzir e escoar as riquezas existentes nessas terras despovoadas. De início a navegação fluvial foi o único meio rápido, mas ineficaz, para se chegar a lugares tão distantes e selvagens.
No final do Século XIX com a guerra do Paraguai o Governo Imperial decidiu criar um projeto de desenvolvimento e de instalação de uma linha férrea que mobilizasse pessoas e desenvolvesse as regiões.
Apenas em 1905 e após vários projetos que se decidiu construir uma ferrovia com a extensão de 1622 quilômetros, que partia da cidade de Bauru no interior paulista até a capital mato-grossense de Cuiabá. Esse itinerário foi alterado, em 1907, para a cidade de Corumbá, às margens do rio Paraguai divisa com a Bolívia, com a intenção de chegar, futuramente, na Costa do Pacifico no Chile formando uma ferrovia transoceânica.
A primeira estação construída nas imediações foi a de Jupiá em fevereiro de 1910 na margem paulista e, em dezembro do mesmo ano, a estação de Três Lagoas. Primeiramente construída em madeira, foi demolida em 1922 para a edificação de uma estação em alvenaria de dois andares com seus traçados em estilo francês. Em 1961, um segundo plano de modernização condenou o prédio, que foi substituído por uma estação horizontal.
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