Nesta terça-feira (10), a equipe do Departamento de Agronegócio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agronegócio (SEMEA) realizou a entrega de mudas de capiaçu aos produtores rurais do Assentamento 20 de Março. A doação desse tipo de capim foi feita pelo senhor Davi Faidiga, do Assentamento São Joaquim, de Selvíria.
A colheita, o transporte e entrega foi realizada pela própria equipe do Agronegócio, em trabalho conjunto com os pequenos produtores e com a equipe do Departamento de Serviços Públicos da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Trânsito (SEINTRA) coordenada pelo diretor Osmar Dias.
Conforme o coordenador geral de Políticas Públicas do Agronegócio, Célio Lopes de Barros, a doação de capiaçu será uma alternativa para a alimentação do gado leiteiro que muito sofreu com a falta de pastagem no período de estiagem.
“Os últimos meses foram sofridos para os assentados produtores de leite do “20 de Março”, uma vez que a intensa época de seca prejudicou o pasto e, com isso, tiveram que gastar com alimentação complementar para seus rebanhos. A generosa doação feita pelos sitiantes do Assentamento São Joaquim reforça o elo entre os produtores da região e atinge o objetivo final, que é o trato do gado”, explicou.
O acordo da doação, segundo Célio, aconteceu no 8º Encontro das Camponesas, realizado dia 26 de outubro deste ano, no Assentamento Pontal do Faia. “Foi durante a troca de experiências e informações entre os produtores, que surgiu essa conversa e, por fim, a ideia de doar o capiaçu. Este é um dos objetivos do Encontro, aproximar e criar vínculos entre os pequenos produtores rurais”, completou o coordenador.
Célio reforçou que o trabalho e logística foram gratuitos, reforçando o objetivo do Departamento de Agronegócio, que é estar sempre à disposição dos pequenos produtores rurais da região. Foram aproximadamente 7 toneladas de mudas, que serão distribuídas entre os sitiantes criadores de bovinos.
O Capiaçu é um clone de capim-elefante (Pennisetum purpureum Schum) de alto rendimento para suplementação volumosa na forma de silagem ou picado verde. Devido ao seu elevado potencial de produção (50 toneladas por ano), também pode ser utilizada para a produção de biomassa energética. As folhas atingem até 4,20 metros de altura, se destacando pela produtividade e pelo valor nutritivo, constituindo uma alternativa mais barata para suplementação do pasto no período da seca.
