‘Uma Nota Técnica da Secretaria Municipal de Saúde, encaminhada nesta segunda-feira (24) pela Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária e ANVISA, através de um Protocolo do Ministério da Saúde, divulga recomendações para grávidas, puérperas e recém nascidos em relação à infecção humana pelo vírus Influenza A (H1N1) de um novo subtipo viral.
Os esclarecimentos da Nota Técnica dizem respeito a definições de caso, manejo das gestantes e puérperas com síndrome gripal, diagnóstico laboratorial, tratamento, recomendações para recém nascidos, aleitamento materno, vigilância epidemiológica, medidas gerais de prevenção e controle de síndrome gripal em gestantes e puérperas, além de prevenção da exposição ocupacional de gestantes.
Informações
Conforme o documento, os sinais e sintomas da infecção pelo vírus influenza nas grávidas e puérperas são semelhantes aos apresentados pelos pacientes adultos em geral. No entanto, frente às modificações da resposta imune próprias da gestação, assim como as alterações da mecânica respiratória decorrentes do aumento da pressão intra-abdominal no último trimestre da gestação, as mulheres grávidas devem ser consideradas como grupo de risco para o desenvolvimento de complicações relacionadas à influenza.
Os riscos são ainda maiores nas gestantes portadoras de doenças crônicas, tais como asma brônquica, cardiopatias, nefropatias, doença falciforme e doenças autoimunes, ou condições de imunodepressão.
Em relação às medidas a serem adotadas nos serviços de saúde, as gestantes e puérperas devem ser priorizadas no fluxo de atendimento, bem como as que apresentarem síndrome gripal devem passar por uma minuciosa avaliação clínica. Já as que não necessitarem de internação devem permanecer em isolamento domiciliar por sete dias a partir do início dos sintomas.
Medidas prevenção
As medidas gerais de prevenção e controle de síndrome gripal em gestantes e puérperas recomendadas pela Nota Técnica são:
a) Gestantes saudáveis devem evitar situações que facilitem sua exposição, como aglomerações, viagens, dentre outros.
b) Grávidas e puérperas apresentando síndrome gripal devem procurar imediatamente o médico, preferencialmente aquele que realiza seu acompanhamento de pré-natal, para avaliação clínica e indicação de tratamento específico (Oseltamivir) e, se necessário, internação.
c) As gestantes ou puérperas com síndrome gripal que não necessitarem de internação devem permanecer em isolamento domiciliar por sete dias a partir do início dos sintomas.
d) Se houver continuidade dos sintomas respiratórios por mais de sete dias, o isolamento deverá ser mantido até 24 horas após a cessação dos sintomas.
e) Se os sintomas permanecerem por mais de sete dias, a paciente deve ser reavaliada no serviço de saúde.
f) Gestantes e puérperas com síndrome gripal devem evitar entrar em contato próximo com outras pessoas.
g) Devem permanecer em repouso, utilizar alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.
h) Outras medidas de prevenção e controle a serem adotadas para reduzir o risco de adquirir ou transmitir doenças agudas de transmissão respiratória, incluindo o novo vírus Influenza A (H1N1), são:
* Proteger com lenços (preferencialmente descartável) a boca e nariz, ao tossir ou espirrar, para evitar a disseminação de aerossóis
* Utilizar lenço descartável para a higiene nasal