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Na atualidade, uma das principais preocupações da população, em especial das gestantes, é a doença Zika Vírus, transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. Em Três Lagoas, a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, segue as normas do Ministério da Saúde quanto à detecção e investigação da doença.
De acordo com a coordenadora do setor, a enfermeira Adriana Spazappan, a equipe trabalha conforme a nota técnica emitida pelo Ministério da Saúde, na qual orienta que nesse momento, devem ser notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) somente os casos notificados de Zika Vírus. A mesma recomendação vale para a Chikungunya.
Sendo assim, Três Lagoas ainda não possui nenhum registro de caso confirmado de Zika e Chikungunya, uma vez que a publicação de casos difere com a da Dengue, que preconiza o registro de casos notificados (suspeitos), confirmados e descartados.
INVESTIGAÇÃO
A enfermeira informa que há possibilidade de casos suspeitos de Zika no município e para isso, o departamento também trabalha conforme as orientações do Ministério da Saúde. “Os profissionais das unidades de saúde examinam o paciente, recolhem os dados e informam a Epidemiologia o caso suspeito. A partir disso, a equipe inicia o trabalho de investigação por meio dos sintomas registrados fazendo o trabalho de descarte, com critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. Mesmo sendo suspeitos, não podemos colocar no sistema, só quando apontar o caso positivo. ”, explica.
Caso algum paciente se enquadre em alguns dos critérios, realiza o exame de sangue e é encaminhado para o LACEN (Laboratório Central) de Campo Grande. Caso contrário, encaminha-se para o exame de Dengue, tornando assim, um caso notificado (suspeito) de Dengue.
Por isso, a recomendação é se caso o paciente apresentar qualquer sintoma, deverá procurar imediatamente o médico e solicitar os exames laboratoriais para que sejam investigados, uma vez que o exame deve ser realizado até o quinto dia útil dos sintomas, pois após este período, a doença se dissipa pelo corpo e não há condições de investigar se o paciente esteve com Zika, Dengue ou outro tipo de doença.
ZIKA
De acordo com o Ministério da Saúde, a Zika Vírus é uma doença aguda que pode ser transmitida pelo mosquito vetor, no caso Aedes Aegypti. Os principais sintomas são: febre baixa, dores nas articulações e inchaços nas mãos e pés; dores musculares, dor de cabeça e atrás dos olhos e olhos vermelhos. Dependendo do organismo, os sintomas podem também apresentar dor abdominal, diarreia, olhos vermelhos e conjuntivite.
Caso alguém apresente algum desses sintomas, a recomendação é procurar a unidade de saúde mais próxima de sua residência. O tratamento é seguido de anti-inflamatórios, analgésicos, antialérgicos e beber bastante líquido. Os sintomas podem durar de cinco a dez dias.
COMO EVITAR
Adriana recomenda os mesmos cuidados básicos que se tem com a Dengue: não deixar água parada para evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti e se necessário, usar repelentes. “É válido lembrar que o uso de repelentes deve ser de acordo com a idade, ou seja, há específico para cada tipo de público”, reforça.
No caso de gestantes, o cuidado deve ser redobrado, evitando usar roupas que possam expor parte do corpo e também o uso constante de repelentes. Já as mulheres que desejam engravidar, a enfermeira ressalta que o momento é de cuidado. “A recomendação é que aguardem mais um pouco o desejo de engravidar, pois os estudos são pioneiros, no que se diz respeito à Zika vírus em relação aos casos de microcefalia. Se possível, procure seu médico de confiança para tirar dúvidas sobre os cuidados”, alerta.
Patricia Acunha – Assessoria de Comunicação
