A Embrapa de Dourados realizou nesta sexta-feira (21), o plantio de mandioca no campo experimental da Secretaria Municipal de Agronegócios e Pecuária (Semap), localizado em uma propriedade rural às margens da BR-158, a 5 km da cidade. O objetivo, segundo o vice-prefeito e titular da Semap, Luiz Akira, é descobrir a variedade da raiz que melhor se adapta às variações climáticas, solo e pragas da região. Numa outra oportunidade o experimento será feito com a soja.
A implantação desta unidade demonstrativa faz parte do convênio de cooperação técnica que será firmado entre a Embrapa e prefeitura envolvendo vários outros aspectos, dentre os quais a realização de cursos, palestras, treinamentos e condução de pesquisas. De acordo com Auro Akio Otsubo, pesquisador da Embrapa de Dourados, a mandioca pode ser uma alternativa perfeitamente viável para o município, por se tratar de uma cultura que se adapta facilmente a qualquer região. Sempre há os riscos climáticos e tecnológicos, mas que acabam sendo simples porque são bastante conhecidos, disse o pesquisador.
Do total de três hectares que compõem o campo experimental, apenas 5.000m2 (1/2 ha) foi reservado para a mandioca. O restante deverá ser utilizado para o plantio de soja.
Com a utilização de uma máquina trazida de Dourados, foram plantadas três variedades para uso industrial (IAC-14, IAC-15 e IAC-90), uma de mesa (IAC-576) e a fécula branca, que tem dupla finalidade.
Indama
O plantio foi prestigiado também pelo diretor financeiro da recém criada fecularia Indama Três Lagoas S/A, Antonio Falco, para quem a criação da área experimental é de fundamental importância. Quando começarmos a plantar já estaremos totalmente respaldados, graças à iniciativa da secretaria de Agronegócio, observou.
A proposta inicial da Indama é plantar mil alqueires de mandioca, distribuídos entre os sócios, proporcionalmente à área da cada um. De acordo com Falco, o associado já tem assegurada a venda da produção para a própria indústria e a certeza da renda eqüitativa à sua participação.
A comercialização da fécula, segundo ele, também está assegurada, graças a um associado do estado de São Paulo que trabalha com o comércio exterior e já tem contrato firmado com uma indústria.
Assessoria de Comunicação